Entenda o que é e como as empresas aplicam essas estratégias — inclusive no digital
O termo marketing de guerrilha foi criado pelo publicitário americano Jay Conrad Levinson no final dos anos 70, inspirado pelas táticas de guerra do Vietnã. Mesmo com poucos recursos, o país conseguiu resistir com estratégias inesperadas e criativas — exatamente o que esse tipo de marketing propõe: ações de alto impacto com baixo investimento.
Em vez de seguir fórmulas tradicionais, o marketing de guerrilha aposta na surpresa, na criatividade e na originalidade para chamar atenção, engajar o público e viralizar.
Hoje, com a força das redes sociais e das plataformas digitais, essas estratégias ganharam ainda mais poder e alcance. Entramos, então, no território do marketing de guerrilha digital.
Marketing de Guerrilha no digital: onde a criatividade encontra a viralização
Muita gente ainda associa esse tipo de estratégia apenas a ações presenciais — como flash mobs, outdoors inusitados ou intervenções urbanas. Mas no ambiente digital, o impacto pode ser ainda maior.
Uma ação criativa, bem pensada e com boa execução pode tomar as redes sociais em questão de horas, gerando buzz, mídia espontânea e até memes. A vantagem? Custo muito mais acessível que campanhas publicitárias tradicionais e resultado altamente compartilhável e engajador.
Exemplos de Marketing de Guerrilha no digital — e no Brasil
1. Nubank + Burger King
Em uma jogada ousada e bem-humorada, o Burger King provocou o Itaú ao criar um “Whopper em homenagem aos bancos que cobram tarifas abusivas”. A resposta veio do Nubank, que aproveitou o burburinho para se posicionar como banco digital que não cobra tarifas, fechando parceria com o BK e oferecendo Whoppers grátis para seus clientes.
Essa colaboração inesperada, com provocações bem alinhadas, viralizou e colocou as marcas no centro das conversas online — marketing de guerrilha com amplificação digital pura.
2. Netflix Brasil — Lançamento de “Round 6”
Para promover a série coreana Round 6, a Netflix usou estratégias de guerrilha no digital e em espaços urbanos: bonecos gigantes do jogo “batatinha frita 1, 2, 3” apareceram em shoppings e pontos de ônibus, enquanto nas redes sociais o conteúdo foi altamente compartilhável, com desafios e interações. Foi uma ação de baixo custo em comparação à mídia tradicional, mas que gerou alto impacto e viralizou rapidamente.
3. iFood e seus “erros intencionais”
O iFood também fez uso criativo da guerrilha digital ao lançar “erros intencionais” no app e nas redes sociais, como nomes trocados de restaurantes ou mensagens engraçadas. Esses pequenos bugs criativos viralizaram como “easter eggs” entre os usuários, gerando conversas e aumentando o engajamento. Simples, barato e eficaz.
Vantagens de aplicar o Marketing de Guerrilha
Seja no ambiente físico, digital ou combinando os dois, aplicar estratégias de guerrilha pode trazer resultados surpreendentes para sua marca:
- Aumento de alcance e visibilidade
- Engajamento real do público
- Fortalecimento da identidade da marca
- Baixo investimento, alto impacto
- Mídia espontânea e viralização
Mas atenção: para colher bons frutos, é fundamental ter um objetivo claro, conhecer bem o seu público-alvo e estar atento às tendências e ao timing das redes sociais.
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