Como os artistas dos Estados Unidos estão driblando a greve para divulgar seus filmes?

Greve na área artística gerou dor de cabeça para a equipe publicitária das produtoras

O ano de 2023 está sendo bastante difícil no mundo cinematográfico. Isso porque uma polêmica cerca empresas gigantes do meio dos filmes, como a Disney – que completa 100 anos. Neste ano de retomada da produção cinematográfica depois da crise da Covid, os filmes estão paralisados por conta de uma greve.

Acontece que os desafios que os atores estão enfrentando para passar por cima de tudo isso são enormes, e um deles é a ausência de divulgação. Ou seja, embora os filmes sejam muitos e muito aguardados, pouco se fala neles, até porque é assim que o acordo com os sindicatos bem pede. Mas, então, como fazer com que o público volte ao cinema?

Como os filmes estão levando as pessoas de volta para os cinemas?

Com a pandemia do coronavírus, muitas foram as estratégias para que determinados filmes vissem por fim, a luz do dia. O estúdio de animação Pixar, por exemplo, levou Luca e Red direto para o Disney+, uma vez que o horizonte para o lançamento nos cinemas estava muito distante e o prejuízo seria parecido. Mas, apesar de tudo isso, o momento é de retomada, e algumas obras precisam dos cinemas para, pelo menos, pagarem o investimento.

No entanto, a paralisação da produção dos filmes parece encurtar um pouco este horizonte das produtoras e distribuidoras, e tudo isso por escolhas questionáveis, que levaram os artistas a entrarem em greve. No entanto, tudo foi acontecendo como um grande efeito cascata, e o que antes era uma greve dos roteiristas, hoje paralisou a indústria cinematográfica como um todo – e que ainda precisa vender alguns filmes.

O que motivou a greve?

Durante as produções de Cruella (2021), filme ganhador de um Oscar estrelado pela premiada Emma Stone, a Disney resolveu chamar alguns figurantes para escaneá-los e, assim, replicar seus corpos digitalmente, economizando com a quantidade de pessoas e sem precisar contratar atores.

O que alega o sindicato é que isso seria um desrespeito com a profissão, já que desvaloriza os atores e economiza dinheiro ao formular bonecos digitais, que podem ser reutilizados quantas vezes necessário, sem pagar nada a mais pelos direitos de uso de imagem, por exemplo. A série da Marvel, Wandavision, também passou pelos mesmos problemas. 

Além disso, roteiristas e atores pedem por pagamentos mais justos em reprises e catalogação das obras no streaming que, muitas vezes, continuam dando lucros e os atores mal recebem seus pagamentos. Se o modelo de negócios mudou, porque não mudar os contratos também? Tudo isso resultou naquela que é a maior greve artística, com roteirista e atores juntos em uma mesma causa, em 63 anos, com esvaziamentos dos estúdios e sets de gravação de um dia para o outro.

Com a paralisação: como continuar divulgando os filmes?

Então, em protesto, atores, diretores e roteiristas promoveram uma paralisação total, endossada por grandes nomes como Margot Robbie e Bruna Marquezine – em sua estreia em Hollywood. No entanto, enquanto as empresas não entram em acordo com os sindicatos, os atores estão impedidos de divulgar seus filmes, como forma de protesto. Futuras obras como Besouro Azul, As Marvels, Kraven e Five Nights At Freddy’s que antes lotariam os cinemas, hoje precisam cruzar os dedos e torcer para uma divulgação incomum dar certo.

Isso atrapalha uma parcela muito grande da divulgação, que não pode contar com coletivas de imprensa, entrevistas e depoimentos, algo fundamental, especialmente quando os nomes de Hollywood são de grandes papéis. Por conta disso, as produtoras e distribuidoras tiveram que recorrer a outra maneira de fazer marketing – e muito eficaz.

A audiência da equipe de produção não isenta as associações de marca e, por isso, a divulgação do filme ocorre de maneira habitual, com o merchandising no pacote gráfico, veiculação de posters e trailers nas redes sociais e até coletiva e pré-estréia, ainda que ausente dos atores.

De estreias adiadas e filmes não finalizados: e agora?

Na tentativa de estancar os danos, ao menos os filmes já finalizados já continham sua parcela de divulgação. No entanto, não dá para dizer o mesmo daqueles que mal foram finalizados quando a greve começou. Wicked, por exemplo, que traria a super estrela Ariana Grande, mal teve divulgação ainda, e deve demorar a ter.

Para driblar as ausências de depoimentos, as distribuidoras terão que pensar nas melhores estratégias de marketing para continuar despertando o interesse do espectador, e a ânsia por conferir a película nas telonas, mesmo com estratégias não usuais. Barbie, por exemplo, recebeu uma interrupção no meio das divulgações e, por conta disso, já tinha muito material gravado e a pré-estréia já havia ocorrido. 

Mas, sucessos recentes como Besouro Azul, ainda não tiveram quase nada registrado antes do início da greve. Algumas estratégias podem ser a distribuição de mídia kit para influenciadores digitais, ou pessoas ligadas aos atores. A atriz Manu Gavassi, por exemplo, é melhor amiga de Bruna Marquezine, e está usando das suas redes para divulgar o filme.

Estratégia de marketing: como divulgar com conteúdo limitado? 

Por conta disso, esse tipo de divulgação acaba por chegar praticamente no mesmo público, mas com um alcance diferenciado. Outra estratégia é fazer tudo o que for possível sem a equipe técnica, ou seja, divulgação de artes, fotos, vídeos de sneakpeeks e posteres em plataformas digitais impulsionadas e analógicas com grande fluxo de pessoas. 

Além disso, é sempre bom lembrar da efetividade do boca-a-boca nestes casos e, assim como aconteceu com Barbie, existe a expectativa do filme se vender sozinho e despertar o interesse popular apenas como seu nome e força da marca. No entanto, nada disso é regra e, por conta disso, vale a tentativa de desviar de caminhos tão difíceis quanto a paralisação total da produção e equipe principal.

Adiamentos e dificuldades de realocamento: o que fazer com a divulgação?

Por conta disso, muitas estratégias de marketing precisaram recalcular rotas. Um exemplo disso é que, como não existe mais tempo hábil para regravações – ou sequer estão havendo gravações – o calendário todo de lançamentos vai sendo adiado, dia após dia. Um problema parecido, mas com motivações diferentes, e que pode ser tomado de exemplo é o que aconteceu com o Mc Donald’s. 

O lançamento do filme ‘As Marvels’, distribuído pela Disney, foi adiado de julho para novembro, para um melhor tempo de pós-produção. No entanto, os brindes do Mc Lanche Feliz já foram fabricados e planejados para julho há cerca de seis meses. Resultado? Os brindes foram disponibilizados quase seis meses antes da estreia, perdendo o hype pelo ralo e vendendo brinquedo de algo que as crianças (ainda) mal conhecem. 

E você? Sabe a melhor estratégia de marketing para, mesmo com problemas, continuar e impulsionar suas vendas? Entre em contato conosco e conheça!

Telefone: (16) 3411-2566

WhatsApp: Clique Aqui

 

Compartilhe esse artigo!

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Blog

Últimos artigos

Endereço

Rua Major José Inácio, 1422, São Carlos/SP

E-Mail: Clique AQUI 

Fone: (16) 3411-2566

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies. Saiba mais