Depois de algumas semanas no hype, o Threads sumiu do mapa e poucos usuários falam dele. Entenda o porquê.
Do X (antigo Twitter) ao Threads: Entenda o sucesso das redes sociais de texto no Brasil
Embora com um dos números mais baixos de usuários aqui no Brasil, menor que redes como Pinterest, o X (antigo Twitter) é uma das empresas mais valiosas do mundo, e Elon Musk sabia disso quando o comprou. No entanto, desde que a nova direção alcançou plenos poderes, a rede social vem tomando rumos questionáveis, que desagradaram alguns usuários. Para bater de frente, Mark Zuckerberg, dono da Meta, resolveu lançar a Threads. Mas, isso não deu muito certo.
Apesar de ter surgido no início dos anos 2000, por volta da mesma época que o Orkut, o Twitter ganhou notoriedade no Brasil por volta de 2009, quando as redes sociais estavam começando a desenhar a influência que teriam no nosso dia a dia como hoje. Depois de sucessos como o MSN, e o Facebook, posteriormente Instagram e WhatsApp (hoje todas do grupo Meta), o Twitter se consagrou como um enorme sucesso entre celebridades e fã-clubes, e uma verdadeira fábrica de entretenimento, aliada da televisão com o uso das hashtags nos Trending Topics, por exemplo. Mas, com a mudança de nome, os objetivos também parecem que mudarão bastante.
Meta, a empresa dona de tudo, cria o Threads para bater o X
Com o passar do tempo, as redes sociais passaram a se adequar a realidade em que eram necessárias, e a empresa-mãe Facebook acabou comprando os direitos do Instagram e WhatsApp, integrando todas em uma única rede, prezando segurança e banindo pessoas que não cumpriam com seus termos de uso. Foi então que Elon Musk comprou o Twitter, prometendo não banir ninguém do aplicativo por qualquer comentário, uma vez que a liberdade de expressão deve ser a prioridade em uma rede social de textos.
É aí que começa a novela, com Elon Musk fazendo todo o possível para mudar as redes sociais a seu gosto e adequar a maior rede mundial de textos às suas necessidades. E em um cenário de insatisfação com o Twitter, a Meta desenvolveu o Threads, uma alternativa para os usuários. De fato, como fruto dessa insatisfação, muitas pessoas acabaram migrando para o Threads tendo em vista as mais recentes mudanças anunciadas por Musk. A única questão é: de acordo com o público, o Threads foi lançado de maneira precipitada e com falta de muitos recursos, dentre eles o feed personalizado para as pessoas que seguimos. E realmente, faz sentido 90% das postagens serem de pessoas que não conhecemos? Não.
Esse déficit de recursos fez com que a popularidade do Threads durasse pouco tempo, com muitas pessoas voltando para o Twitter. E agora que Elon Musk – literalmente – acabou com o Twitter, oficializando o nome X e dando fim à identidade do passarinho azul. Existe, portanto, concorrente à altura do novo Twitter?
Threads, o Twitter da Meta, vive em momento gangorra, mas faz números!
Como adiantamos aqui no blog em maio, a Meta iria lançar uma rede social nova, para bater de frente com o Twitter.. O fato é que o rumor se tornou realidade e veio a ser a rede social spin off do Instagram.
Batendo recordes e com diversos posts de influenciadores metralhando comentários genéricos ao longo de uma semana toda, o Threads virou assunto rapidinho, e tão logo chegou, a onda levou. O Threads caiu mais de 20% dos usuários ativos, comparando as últimas semanas com a semana de estreia, e o tempo de utilização nos EUA caiu de 21 minutos diários médios para 6 minutos. Passou-se 1 mês desde o lançamento da rede social, e o fluxo de postagens orgânicas ainda é mínimo, com baixa interação e, aparentemente, baixa expectativa de longevidade. O que aconteceu com o Threads?
Não é a primeira vez que o Brasil substitui suas redes sociais: Threads vira um plano B?
Muito embora seja o mesmo criador das maiores redes sociais do mundo, Mark não conseguiu comprar o Twitter, que segue imparável. Fato é que, sem a negociação, havia a promessa de acabar com o monopólio das redes sociais de texto com o lançamento de uma concorrência à altura. Mas, tanto barulho não fez nem cosquinha na outra. E não foi só o Threads que tentou angariar públicos insatisfeitos com o Twitter.
Já tivemos o BlueSky e o Koo fazendo as mesmas coisas, cada uma com seus recursos. Contudo, os movimentos cíclicos dos usuários da web acabam por andar no mesmo lugar, e é algo muito parecido com o que aconteceu entre o Telegram e o WhatsApp. Quando o segundo cai, os usuários do Telegram sobem. Mas, basta que o WhatsApp volte à normalidade e o Telegram volta ao ostracismo.
No entanto, o barulho inicial já rendeu, segundo a Forbes, mais de 3 bilhões para Mark. O burburinho, de alguma forma, deu certo. Foram milhões de contas novas criadas rapidamente, marcando recordes atrás de recordes. Resta saber se o Threads continuará caindo, chegou a seu ritmo mínimo, ou voltará a crescer com o acréscimo de novas funções que tornam o Twitter tão popular, como hashtags. Por ora, é uma rede aliada do Instagram, mas sem qualquer profundidade ou esperança de continuar crescendo.
Existe mundo além do Threads: Musk quer criar superaplicativo no lugar do Twitter
Por enquanto, das redes sociais de texto, o Twitter (X) não possui um concorrente à altura, mas Mark chegou perto, e pode estar ainda mais perto de superá-lo em um futuro breve. Ainda assim, fica a esperança de uma rede reserva, caso o “super-aplicativo” de Elon Musk não dê certo. Por ora, o X não tem concorrentes à altura, talvez apenas o conglomerado da Meta. Ou então, a qualquer momento em que se ensaiar alguma mudança que deixe os usuários em dúvida sobre a positividade de tais alterações. Talvez, assim, os números do Threads podem ver dias melhores – e comentários que não sejam apenas de celebridades verificadas.
Elon Musk, no entanto, parece ter objetivos diferentes do que somente tornar o Twitter a potência mundial em redes sociais para publicação de textos. Isso acontece porque, assim como alguns aplicativos orientais, o X tem aspirações de ser um “superaplicativo”, com métodos de pagamento e outros usos para o dia a dia que vão além de mera expressão e entretenimento. Se manter antenado a essas novidades é importantíssimo, até para entender como isso influencia nosso dia a dia. Um exemplo disso foi o uso inteligente que Barbie fez de branding, e se vendeu somente usando as expectativas das pessoas, como contamos no blog da semana passada.
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